sexta-feira, 13 de maio de 2011

O DIA EM QUE A VOLANTE DE OBAMA LASCOU O DESINFELIZ OSAMA

          Diz a Wikipedia, no verbete sobre Lampião, que a volante do Tenente João Bezerra chegou de mansinho no acampamento do rei do cangaço na fazenda Angicos e fez um estrago. Onze foram metralhados e morreram ali na hora. Poucos fugiram. Na euforia do dever cumprido, os soldados decapitaram os corpos, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene contendo aguardente e cal para conservação. Orgulhoso, o tenente João desfilou pelas cidades de vários estados nordestinos atraindo multidões com sua coleção de troféus macabros.
            Na casa Branca, Obama reuniu-se com autoridades de segurança, seu vice, Hillary e um monte de assessores para assistir a operação de caça ao nefasto Osama. Não sei, não vi. Mas imagino que tenha sido igual a assistir seu filho jogar Counterstrike. Do conforto da “Situation room”, o presidente viu Bin Laden tomar um ou mais pipocos, fez um gargarejo com água de romã e foi anunciar as boas novas. Do celular o vice John Biden mandava torpedos para os líderes do mundo livre: “Obama matou Osama. Bjão!”. Apesar do apelo por sangue das águias republicanas, Obama já foi avisando:
- Não vai ter cabeça em lata de querosene, não. O cabra já virou fishfood
            Longe de mim achar que o abjeto terrorista merecia destino melhor. Mas não tenho a ilusão de que o mundo está mais seguro. Em terra sem lei, quando um narcotraficante, terrorista, cangaceiro ou mosquito da dengue é morto, logo surgem seis dúzias para disputar o lugar vago.

Um comentário:

  1. cara, eu particularmente tenho minhas duvidas se não era o Maosa ...

    ResponderExcluir